Selo #Algolatr.IARecomenda: Livro: The age of surveillance capitalism (A era do capitalismo de vigilância), da autora Shoshana Zuboff.
A autora é uma das primeiras mulheres a ser professora titular na Harvard Business School, Ph.D. em psicologia social da Universidade de Harvard e bacharel em filosofia pela Universidade de Chicago. Foi chamada de "A verdadeira profeta da era da informação".
Em sua obra, a autora procura demonstrar a forma com o qual as redes sociais estão usando nossos dados contra nós e como isso ameaça as democracias.
O termo “capitalismo de vigilância”, cunhado por Shoshana Zuboff, refere-se à nova ordem econômica que reivindica a experiência humana como matéria-prima gratuita para práticas comerciais dissimuladas de extração, previsão e venda de comportamento.
A estratégia de grandes empresas de tecnologia baseia-se na mineração e análise de nossas identidades e ações — muitas vezes sem nosso consentimento —, que são então sintetizadas em dados e usadas para prever nosso comportamento futuro. Essas informações são vendidas para outras empresas, para que estas possam oferecer bens e serviços direcionados ao nosso perfil, mas também moldar nosso comportamento, manipulando nossos desejos, necessidades e visão de mundo. Essa é a estratégia-padrão dos principais sites hoje, como Google, Facebook, Apple, Microsoft e Amazon.
Segundo a autora, a estratégia não ficou limitada ao campo dos anúncios. Nas palavras de Zuboff, “Se o Google é uma empresa de busca, por que está investindo em dispositivos para casa inteligente, wearables e carros autônomos? Se o Facebook é uma rede social, por que está desenvolvendo drones e realidade aumentada? ”
No centro da preocupação de Zuboff não está a vigilância ou o capitalismo, mas esta nova ameaça de um “coletivismo” movido por máquinas.
Na narrativa de Zuboff, os mercados de dados existem além da lei e operam de acordo com suas próprias regras. Ela descreve o Google como operando de maneira semelhante aos capitalistas britânicos em colônias distantes, onde reinava a “ilegalidade”.
Mas o que podemos fazer para impedir o avanço dessa invasão tecnológica?
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